Noite na Pedra-Palha···

Desta vez foram 4 manos para as terras do Gerês,   num fim-de-semana "Outdoor".
Alinharam: Soninha, Sanny, Mário e Miguel.


Começamos junto à ponte do Rio Arado e subimos em direcção ao Conho, pelo estradão. Quando chegamos para atravessar o ribeiro, eis que surgiu a primeira dificuldade, pois a ponte de pedra ai existente, tinha caído, fruto do tempo e das chuvadas da Primavera anterior.
Atravessado o ribeiro, saltando de pedra em pedra, começamos a íngreme subida para o Curral de Pinhô onde fizemos a 1.ª paragem debaixo de uma sumptuoso carvalho.

Voltamos á marcha, continuando a subir até à Carvalhosa, onde a sombra de uma solitária arvore foi a nossa companhia do almoço.
Como a caminhada era curta e o tempo convidava, fomos coagidos para uma apetecida "siesta".

Terminado este longo período de descanso, voltamos a subir até aos Bicos Altos, onde avistamos onde terminaria a jornada deste dia, para navegação utilizamos as enormes mariolas (Ver Fotos).

Aproveitamos para as fotos, pois a paisagem convidava a registar o momento e as cores do final da tarde seduziam a alma.

Chegados ao vale que nos serviria de leito, apercebemo-nos que este iria ser partilhado com a manada de vacas que por ali pastava e se preparava para passar a noite.

Como a tarde já arrefecia, preparámos um cházinho, e reparamos num amontoado de pedras que estava ali - era uma pequena cabana, construída com lajes e já preparada para o Inverno, pois estava forrada com palha seca e recente.

Durante os preparativos para o jantar levantou-se um vento atroz, que nos fez optar por deixar de lado os T2 e dormir no T0 Kitchnet.

Noite santa...cabana de pedra, dormir na palha, gado em volta  - voltamos ao tempo dos antigos.
E a pedra que nos rodeava manteve o calor toda a noite e o vento, apesar de forte, não se ouvia ali dentro.....


No dia seguinte acordamos para um ventania matinal, pelo que optamos pelo pequeno-almoço dentro da cabana.

Já com as trouxas arrumadas e com as últimas fotos daquele lugar já em memória, partimos em direcção ao Alto do Borrageiro. Subida um pouco difícil, devido ao vento forte que se apresentava pela nossa frente.

... e o Alto.. 1430 m , o ponto mais alto do Minho, marcado pela antena de rádio, que parece desaparecer quando olhamos em redor e somos absorvidos pela paisagem, o Marão, Montalegre, Serras da Peneda, terras da Galiza....espectacular.

Começamos agora abrupta descida, para a Chã da Fonte e daí para o Camalhão, que se fez muito bem, aparte de um ou outro "escorreganço" que teve como consequência, apenas a  gargalhada.

Aproveitamos a sombra dos já poucos, mas resistentes carvalhos do Curral do Camalhão, para o almoço.

Seguimos a nossa jornada percorrendo aquele vale de indescritível beleza, passamos a Teixeira, subimos o monte e paramos... olhamos para trás e ...extraordinária a paisagem... sim é no Gerês...onde mais?
....  podemos ver a real extensão do vale e até o Alto do Borrageiro encimado pela sua antena, bem lá longe.


Estávamos agora na parte final  não sem  antes parar na escadas da Cascata do Arado para a imperdível foto.
 
Tudo animado, já saudosos do fim de semana que tínhamos vivido, lá deixámos a aventura para trás e partimos em direcção à Monotonia.

Para a Soninha um beijo especial e estou certo que voltarás...
Para o Mário aquele abraço.
Para o meu "MORE"...................................... e mais.....................................