Pois é!! Mais uma daquelas, que exigiram dos participantes tudo aquilo que tinham para dar...foram verdadeiros CAMPEÕES!!!!!
No fim-de-semana de 10 e 11 de Junho de 2006, o desejo de aventura e a vontade de conhecer um pouco mais do Parque Nacional da Peneda-Gerês, levou 3 membros "Manos" e um principiante, nestas coisas, a percorrer + ou –
Nesta travessia da serra do Gerês partimos da aldeia de Lapela tomando como rumo o Norte, a caminho dos Carris. Após o almoço no vale da Ribeira das Negras (onde partilhamos o verde prado com uma manada de Garranos) dirigimo-nos para Este para Pitões da Júnias, deambulando pelos sucessivos montes e vales, passamos a sul dos majestosos Cornos de Candela, onde podemos ver o nosso objectivo ainda lá ao longe. Embora reinando a dúvida se lá chegaríamos (o cansaço e a dificuldade do percurso, revoltavam as pernas).
Lá conseguimos e desfrutámos do descanso da noite junto a um ribeiro por baixo da Capela de S. João da Fraga. Vira para aqui, vira para ali... lavamos os corpos, instalamos os T2 e preparamos o jantar, bem regado com o melhor néctar da região - a água do Gerês.
Aqui sim! Estávamos em comunhão com a natureza, no fundo do vale que nos serviu de leito, éramos nós os pirilampos perdidos na imensidão do manto escuro que nos cobriu e nos convidou a adormecer.
O toque de Alvorada deu-se bem cedo, pois o Cuco sabia que tínhamos arrumar todo o material novamente nas mochilas, tomar um bom pequeno-almoço, por que o dia ia ser difícil.
Tomamos o rumo da imponente fraga, sobre a qual foi construída tão alva Capela, passamos para o trilho que nos haveria de levar até às proximidades de Pitões, passamos o carvalhal do Teixo, atravessamos a ponte para o Carvalhal do Porto da Lage e subimos a bonita calçada medieval.
Aqui tomamos o Sul como nosso destino, atravessando campos verdejantes, até bem próximo da ponte sobre o Camposinho (onde podíamos ouvir a enorme cascata, mais acima) decidimos aproveitar o momento para retemperar energias.
Mochilas novamente às costas e fomos seguindo a meia encosta até bem perto da Albufeira da Paradela, local onde atravessamos o Ribeiro do Beredo e começámos a subir a encosta rumo à Gafaria (uma Leprosaria Medieval) daqui podíamos avistar, ao fundo, o estradão que nos iria levar até à parede da Barragem, não sem antes sofrermos a bom sofrer, para passarmos a "corta mato" o Pejeiroz. Uns arranhados, outros sedentos, mas todos já demasiado cansados, lá seguimos em direcção a Cela, onde percebemos, depois de merecido descanso debaixo de um frondoso carvalho, que o final desta exigente aventura se aproximava.
Nesta última etapa parámos apenas para admirar a cascata de Sela Cavalos, onde o ribeiro que a alimenta nos disse que o ano ia seco. Admirada mais uma bela obra da natureza e reconfortados os estômagos, empenhamo-nos na subida final até á aldeia de Lapela, donde tínhamos partido 30 horas e cerca de
Ao Hélder, ao Sê Lemos e ao Jonh Rambo, vos agradeço por terem compartilhado esta ânsia de conhecer melhor as maravilhas deste nosso "Jardim à beira-mar plantado".
Os CAMPEÔES foram vocês, pois aguentaram este meu desvario - o meu muito OBRIGADO!!
Um abraço!!